Desde o último 1º de março, brasileiros que compram com cartão de crédito no exterior ou em sites internacionais podem calcular com precisão o valor que pagarão no fim do mês. Essa nova resolução do Banco Central, por meio da Circular 3918 obriga as operadoras a usarem a taxa de câmbio do dia da transação - e não mais do fechamento da fatura - para a conversão do valor em real. Do lado do consumidor, a medida permite melhor planejamento financeiro. E para as operadoras?
Bem, a partir de agora, também devem constar na fatura: a discriminação de cada gasto e a data em que ele ocorreu; a identificação da moeda estrangeira utilizada e o valor da transação na referida moeda; o valor equivalente em dólar; a taxa de conversão do dólar para real na data; e, por fim, o valor em reais que será pago pelo cliente, também incluindo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
De fato, são mais campos para serem verificados em cada boleto, o que pode se tornar um desafio para as empresas que vão emitir esses documentos. "A falta ou divergência em qualquer uma dessas informações pode causar dúvida no cliente final, o que acarreta em despesas relacionadas ao atendimento ao consumidor, à correção da fatura e até mesmo multas e prejuízos no caso de divergência na taxa e/ou no cálculo da conversão", afirma Leandro Lira, Product Owner do time de Customer Success da :hiperstream.
Em um cenário macroeconômico onde existe grande volatilidade cambial, com variações que chegam a 4% de um dia para o outro, o impacto financeiro da falta de validação deste tipo de transação pode gerar impactos financeiros que assustam qualquer gestor. Vamos levar em conta uma base de 4 milhões de clientes, em que 10% da base realizou alguma transação internacional com ticket médio de 100 dólares. Sem considerar custos de atendimento ao cliente, reputação da marca e eventuais multas/processos, o impacto financeiro poderia chegar a 1 milhão e 600 mil dólares.
Como fica para o cliente final
Em tempos de câmbio volátil, esta resolução do Banco Central traz muito mais tranquilidade e transparência para quem precisa adquirir produtos pela internet ou contratar serviços remotos que são cobrados em moeda estrangeira. O consumidor pode assim acompanhar a cotação diária e escolher o melhor dia para efetuar a compra, sem ter surpresas quando chegar a fatura.
"Quando falamos em finanças, todos nós queremos ter previsibilidade. Para mim, não há nada melhor que essa definição do Banco Central sobre a fixação do câmbio na data da compra. Além disso, acredito que a resolução também traz muito mais transparência ao consumidor final com relação ao câmbio que será efetivamente cobrado", lembra Giuliano Loureiro, nosso Chief Financial Officer.
Novas regras de validação
Mas do lado do prestador de serviço, quando uma regra muda, há muitos desafios envolvidos. Como adequar a validação de dados às novas resoluções sem que aconteçam equívocos que podem causar atritos no negócio? Neste momento, a :hiperstream busca fornecer a melhor tecnologia aos nossos clientes, adaptando nosso produto rapidamente e dando o melhor suporte.
O DVA - Data Validation Automation, que já validou 10 bilhões de dados apenas em 2019, já carrega um conjunto de regras que podem ser modificadas de acordo com a necessidade de cada cliente. "Por exemplo, hoje temos conjuntos de regras específicas para a vertical de serviços financeiros, seguros, telecom e varejo, que já contemplam regras comuns a qualquer tipo de indústria também. Dessa forma, além da facilidade de criação de novas regras, que podem ser compostas por vários itens de validação com diversos dados afetados, nossos clientes já podem ter acesso, desde o início a um pacote de regras que já desenvolvemos e testamos. O DVA é um produto que carrega o conceito de marketplace de regras. À medida que nossa expertise nos setores cresce, o número de regras pré-definidas e pronta para uso cresce junto", explica Bruno Lichot, Chief Product Officer da :hiperstream.
Especificamente sobre as mudanças causadas pela Circular 3918, o DVA - Data Validation Automation atua na validação da disponibilidade de todas as informações obrigatórias, na conferência entre a taxa informada na fatura e a disponibilizada pelo BACEN e no cálculo da conversão. Para que esse processo de adaptação fosse realizado com sucesso, a :hiperstream revisou todo o processamento e a formatação dessas novas informações nas faturas de cartão de crédito.
"Foi um trabalho bastante complexo, pois os testes foram realizados junto com nossos clientes, que refinavam o conteúdo da base de dados, mediante à revisão do fluxo de processamento e formatação conduzido pela :hiperstream. O cadastro da regra no DVA é o próximo passo. Hoje estamos alinhando com nossos clientes a melhor forma de exibir os resultados da validação desta nova Circular no DVA", conta Leandro.
Em momentos de mudanças, a :hiperstream reforça o compromisso de trabalhar na criação de novas maneiras para manter a saúde financeira e a segurança dos negócios de nossos clientes, entregando a melhor experiência na gestão de dados com o DVA - Data Validation Automation. Giuliano ainda reforça que esse cuidado é essencial para entregar a melhor experiência de compra para os consumidores. "Nós, de finanças, temos como meta navegar em águas transparentes. E para tal sempre tentamos nos antecipar aos eventos de curto prazo, planejando nosso futuro nas condições conhecidas de nossos negócios. Entendo que o DVA é esta ferramenta de correção de rota contínua dentro das operações de nossos clientes", finaliza Giuliano.